terça-feira, 22 de março de 2011

Deixo meus humildes parabéns a um Joel que foi do céu ao inferno.



Alvinegros apaixonados,

Hoje acaba um ciclo no Botafogo. Joel Santana não é mais o técnico da equipe. E a pergunta que faço é: foi bom o trabalho do papai? Creio que mais ou menos.
Vamos recordar o momento em que ele chegou. Uma traumática derrota por 6 x 0 para o Vasco derrubou Estevam Soares e Natalino chegou ao Glorioso. Logo, os resultados começaram a aparecer e a equipe chegou à semifinal para enfrentar o poderoso Flamengo. Uma vitória por 2 x 1 nos credenciou a estar na final da Taça Guanabara. Uma vitória pra cima do Vasco e o
título. Na Taça Rio, a classificação para semifinal veio e eliminamos o Fluminense de Cuca. E dessa vez, a barreira chamada Flamengo estava novamente pela frente. Comandados por Loco Abreu, Jefferson e Joel, conseguimos uma histórica vitória. Ali, Joel
começava a deixar sua marca em sua passagem pelo Botafogo.

Maicosuel chegou, com ele a confiança da torcida. O Brasileiro começou e as vitórias vinham acontecendo. e mais que isso, a equipe começou a jogar bem, Joel começou a soltar o time e por muitas rodadas ficamos na zona de classificação para Libertadores. Aí começou uma série de contusões. Marcelo Mattos se machucou, Maicosuel teve grave lesão e parou pelo resto do ano e aos poucos o Glorioso foi perdendo forças. Junto, Joel parece ter perdido a ousadia. Vimos um Cruzeiro nos passar e um Grêmio muito forte na nossa cola. Aos poucos, a vaga na Libertadores foi escorrendo por nossas maõs. Uma derrota em casa para o Inter na reta final, e lá chegava a última rodada. Para garantimos o direito de disputar o torneio sul americano era necessário vencer um embalado Grêmio no Olímpico e torcer contra o Goiás na sul americana. Acabou que uma derrota por 3 x 0 nos tirou da disputa. Resumindo, enquanto teve todas as peças em campo, Joel foi bem, mas quando perdemos o Maicosuel, o esquema ofensivo do Natalino desapareceu. Abaixo, a escalação e substituições de Joel na aprtida contra o Galo no Engenhão (vencemos por 3 x 0) e em seguida a escalação e substituições na derrota para o Grêmio na última rodada:

Bota 3 x 0 Galo

Jefferson
Danny Morais
Leandro Guerreiro
Fabio Ferreira
AlessandroSomália
Marcelo Cordeiro
Maicosuel
(Loco Abreu)
Herrera
(Edno)
Jobson
Marcelo Mattos
(Caio)

Grêmio 3 x 0 Bota

Jefferson
Antônio Carlos
Danny Morais
(Herrera)
Leandro Guerreiro
Alessandro
Lucas Zen
(Edno)
Fahel
Somália
Marcelo Cordeiro
Loco Abreu
Caio
(Túlio Souza)

E logo 2011 chegou. Edno foi embora, Jóbson também. Leandro Guerreiro foi para o Cruzeiro disputar a Libertadores e Marcelo Cordeiro também deixou General Severiano. Contratamos Éverton, ex-Flamengo, Márcio Azevedo e Lucas para as laterais e João Felipe para zaga. O Carioca começou, jogamos bem algumas partidas e outras não até chegar à semifinal contra o Flamengo. Empate em 1 x 1 e derrota nas penalidades. A coisa começou a ficar feia quando perdemos na estréia da Copa do Brasil fora de casa para o River-SE por 1 x 0. A pressão em cima de Joel era grande e no jogo da volta o nosso 1 x 0 garantiu as penalidades. Triunfamos e avançamos na competição. Maicosuel seguia machucado, Renato Cajá foi e
mbora e o time não era dos melhores, com poucas opções. Lembra que Joel chegou em General Severiano após sofrermos goleada para o Vasco. Pois é! Lá estava o Vasco novamente, na mesma competição, no mesmo estádio em nosso caminho. Uma atuação horrível, uma torcida impaciente e xingando Joel Santana e a derrota por 2 x 0. No dia seguinte, Joel caiu em lágrimas em uma entrevista coletiva, dizendo que "o papai estava magoado" e que não merecia esse tratamento. Sem clima, Joel pediu demissão e não é mais o técnico do Botafogo.

Se a passagem foi boa ou ruim, digo que foi boa, mas com ressalvas. Tivemos momentos bons como o título carioca, a arrancada no Brasileiro, mas em 2011 a equipe realmente não encaixou. A culpa não é só do Joel. Queria ver como seria a campanha do meio do Brasileiro até agora se Joel continuasse com o time completo. Mas o "se" não faz parte do futebol, então deixo meus humildes parabéns ao Joel e desejo sorte ao próximo treinador do Glorioso.

O mundo dá voltas... Valeu, Joel Santana!

Durante a derrota para o Vasco no último domingo, Joel Santana foi hostilizado por considerável parcela de torcedores botafoguenses, declarando-se "magoado" com o recente episódio. 14 meses antes, Joel assumiria o Botafogo exatamente após uma derrota para o Vasco (aquela, porém, humilhante) - o leitor pode fuçar o presente blógui que encontrará tópicos a esse respeito.

Tempos atrás, o Botafogo queria um treinador que trouxesse resultado. Joel, como todos sabemos, é adepto de uma filosofia de jogo onde a prioridade é saber se defender, marcar firme (coisa que não foi vista na última partida). Os resultados foram muito satisfatórios: títulos na Taça Guanabara e na Taça Rio que garantiram a conquista estadual, além de uma campanha no Campeonato Brasileiro que quase levou uma equipe bastante desfalcada para a Copa Libertadores da América. No total de 76 partidas, foram 41 vitórias, 23 empates e 12 derrotas.

Mas hoje a demanda botafoguense parece ser outra: o que a torcida quer vai além dos resultados em si. Ver o Alvinegro atuar com 3 zagueiros e 2 volantes (seja qual for o adversário, e a maioria dos enfrentados em 2011 eram times frágeis) tornou-se algo esdrúxulo. Se a diretoria optar por um nome que siga uma linha de pensamento com foco numa retranca, não vejo grande futuro para o Botafogo na presente temporada. Mas se, ao contrário, for ao mercado olhando para profissionais que visualizam e desenvolvem o futebol sob uma perspectiva ofensiva, creio que muitos bons frutos poderão ser colhidos ainda em 2011.

Mesmo líder em seu grupo na Taça Rio, Joel não suportou a pressão. Algo inimaginável na maioria dos casos. Sinal de novos tempos. De bons tempos.

Saudações alvinegras.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Caminhando a passos largos para a classificação

Diante do Olaria, um forte calor, um público reduzido e a manutenção dos 100% de aproveitamento no Campeonato Estadual, conservando a equipe na liderança no grupo 2 na Taça Guanabara.

O gol de Renato Cajá aos 14 segundos foi o mais rápido da competição, mas o destaque mesmo ficou por conta da atuação de Sebastián "El Loco" Abreu: o atacante uruguaio marcou duas vezes (com direito a cavadinha para encobrir o goleiro) e comemorou com personalidade, batendo no peito e sem maiores aproximações do treinador Joel Santana, com quem mantém uma relação de respeito.

Na próxima quarta-feira, às 19:30h, o jogo com o Bangu, em Moça Bonita, pode encaminhar a classificação da equipe para as semifinais.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Algumas dificuldades, mas nova goleada

Goleamos o Madureira por 4a1 na noite de ontem e chegamos à 3ª vitória em 3 rodadas disputadas. Algo muito positivo por si só, mas o resultado dessa última partida soa enganoso: quando a partida estava 1a0 a nosso favor, o Madureira estabeleceu uma pressão que teve direito a defesa espetacular de Jéfferson e bola carimbando o travessão. Mas um pênalti duvidoso aos 41 minutos rendeu nosso 2º gol e a expulsão de Douglas Assis, o que de certa forma facilitou as coisas para o segundo tempo.

A boa entrada de Alessandro (ovacionado pelo público presente), a eficiente e vistosa participação de Marcelo Mattos (que marcava presença na marcação e ainda se apresentava ao ataque com jogadas de efeito) e a performance de Caio (que entrou no intervalo de jogo e foi bastante produtivo nos contra-ataques) foram os destaques da partida.

Entre tapas e beijos, parece que a relação entre Joel Santana e "Loco" Abreu vai muito bem, obrigado. O uruguaio acenou para o treinador quando deixou o seu gol e deu a impressão de que a paz foi selada. Em tempo: o time jogou melhor quando trocou um esquema de 3 zagueiros por um de 3 atacantes.

Saudações alvinegras.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Vitória com bom futebol, sim, é possível

Jogando no estádio "Moacyrzão", em Macaé (o estádio Alair Corrêa, em Cabo Frio, não foi usado após o Corpo de Bombeiros declarar que o evento não poderia receber mais do que 300 torcedores), o Botafogo aplicou a maior goleada do atual Campeonato Estadual do Rio de Janeiro: 5a0 sobre a Cabofriense. A equipe conseguiu algumas boas jogadas e contou com lúcidas atuações de Renato Cajá e "Loco" Abreu para construir a vitória que teve, curiosamente, dois gols contra de Goeber ainda no primeiro tempo.

Com a melhor campanha geral na Taça Guanabara 2011 após as duas primeiras rodadas disputadas, receberemos o Madureira nessa quarta-feira, às 22h, no estádio Engenhão.

Recentemente, Abreu deu declarações criticando o estilo de jogo planejado por Joel Santana, dizendo que "qualquer equipe trata a bola melhor do que o Botafogo". Pode soar desrespeitoso e imprudente falar esse tipo de coisa em público, mas o que o camisa 13 alvinegro disse foi precisamente a tradução do que vimos dentro de campo na estréia diante do Duque de Caxias. Coincidentemente - ou não - o time apresentou uma bela atuação diante da Cabofriense. Temos jogadores de qualidade suficiente para vencermos com um futebol vistoso. Creio que o trabalho de Joel deva seguir por esse caminho: conseguir um padrão de jogo, montando um time competitivo, mas que não precise ficar necessariamente correndo atrás do adversário.

Saudações alvinegras.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Na estréia, Fogão vira o jogo no segundo tempo e vence o Duque de Caxias

Estreamos na temporada 2011 com uma vitória de virada sobre o Duque de Caxias, pela Taça Guanabara. Caio acabou sendo um personagem determinante no resultado: foi dele a finalização que originou a penalidade máxima convertida por "Loco" Abreu (veja o vídeo exclusivo gravado do Setor Norte do Engenhão) e saiu de seus pés o segundo gol.

O difícil de entender é o que pensa Joel Santana ao escalar o time com 3 zagueiros e 2 volantes para duelar com o Duque de Caxias no Engenhão. O "fator estréia" pesa e isso torna digno que sejamos menos incisivos nas críticas, mas teria sido coincidência o time ter melhorado quando Joel deixou a equipe mais leve?

Nosso próximo compromisso é nesse domingo com a Cabofriense, no estádio Alair Corrêa.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Obrigado e boa sorte, Leandro Guerreiro!

Está terminado o ciclo de um dos jogadores mais identificados com a camisa alvinegra nos últimos anos. Após 221 aparições com 5 gols marcados e muitos litros de suor anexados ao uniforme botafoguense, o meio-campista Leandro Guerreiro foi novamente "capturado" pelo técnico Cuca.

Em 2007, Leandro foi chamado por Cuca para trocar o Criciúma (onde foi campeão na Série C) pelo Botafogo. 4 anos depois, lá vai o nosso camisa 5 voltar a ser treinado por Cuca, dessa vez no Cruzeiro, onde terá a chance de disputar a Copa Libertadores da América.

Gratidão deve ser o sentimento dominante nos corações alvinegros: Leandro Guerreiro, entre erros e acertos, jamais poupou esforços de representar dignamente as cores do Botafogo de Futebol e Regatas. Obrigado e boa sorte, Leandro Guerreiro!

Agora a bola está com a diretoria botafoguense, que passa a ter a obrigação de anunciar uma contratação de qualidade para o setor. O nome do uruguaio Egídio Raúl Arévalo Ríos, que disputou a Copa do Mundo 2010, é especulado com força em General Severiano. Aguardemos.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Antes mesmo dos jogos acontecerem, já tem gente pisando na bola

Todo o elenco alvinegro se apresentou normalmente na data marcada pelo clube, com exceção de um atleta. O motivo dado por Somália pela ausência na reapresentação foi que o jogador teria sofrido um "seqüestro-relâmpago". Porém, a versão da Polícia Civil é a de que o atleta mentiu sobre o caso, algo que constitui ato criminoso.

Em comunicado divulgado na página oficial do clube na internet, consta o seguinte.
"O Departamento de Futebol do Botafogo FR, ao tomar conhecimento de que não seria verídica a justificativa do atleta Paulo Rogério Reis da Silva, conhecido como Somália, para sua ausência na reapresentação da equipe, na última quarta-feira, dia 5 de janeiro, delibera:

1. Que qualquer decisão administrativa referente a uma possível punição em relação à conduta do atleta será definida após esclarecimentos das partes.

2. Que a questão criminal será tratada exclusivamente por um especialista, que deverá ser contratado pelo próprio atleta".
Alô, Somália! Chegar em casa às 4 horas da madrugada no dia em que tinha compromisso marcado com o clube para as 8 horas da manhã é o típico ato de uma pessoa irresponsável em relação às suas obrigações. E alegar o que foi alegado é de uma inconseqüência sem tamanho. Vamos colocar a cabeça no lugar, reconhecer o vacilo e trabalhar para que esse tipo de incidente não se repita.

Saudações alvinegras.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Retrospectiva 2010

O ano de 2010 começou para o Botafogo com um cenário incerto. O elenco que escapou do rebaixamento em 2009 com uma vitória na última rodada foi bastante modificado na intertemporada, com as contratações dos atacantes Sebastián "El Loco" Abreu e Germán Herrera encarnando as maiores esperanças da torcida alvinegra para que o ano que se iniciava fosse melhor do que aquele que passou.

E, de fato, 2010 foi melhor que 2009. O clube faturou o título estadual ganhando tanto a Taça Guanabara quanto a Taça Rio e terminou o Campeonato Brasileiro tentando uma vaga na Copa Libertadores da América até a rodada derradeira, quando fracassou diante do Grêmio no estádio Olímpico.

O Botafogo de Futebol e Regatas pode ter o seu desempenho em 2010 analisado em torno das três derrotas que a equipe sofreu no estádio Engenhão. A primeira aconteceu na 3ª rodada da Taça Guanabara: na estréia de "Loco" Abreu e ainda sob o comando do treinador Estevam Soares, a equipe tomou de 6a0 do Vasco da Gama e virou alvo de chacota, sendo considerado pela grande maioria dos analistas futebolísticos como a 4ª força do Rio de Janeiro, sendo praticamente colocado como carta fora do baralho na disputa pelo caneco estadual. Essa sonora goleada abalou o time e provocou a demissão de Estevam Soares. A relação entre a torcida e os jogadores estava minada, o que pode ser exemplificado pelas faixas estendidas nas arquibancadas que pediam as saídas nominais de Alessandro, Fahel, Lúcio Flávio, entre outros, sobrando inclusive para a diretoria. Porém, com a contratação do lendário Joel Santana, o time foi acumulando resultados positivos ao ponto de surpreender a todos com a conquista da Taça Guanabara: a equipe tão criticada venceu o Flamengo na semifinal (2a1, de virada) e, na final com o mesmo Vasco da Gama que o goleara semanas antes, uma vitória por 2a0 garantiu ao time o bicampeonato no estádio Maracanã.

Jogando um futebol pouco vistoso mas altamente funcional, o Alvinegro foi fazendo as pazes com a torcida. Porém, viria uma nova derrota no estádio Engenhão (a segunda das três ocorridas no ano). Dessa vez, o impacto não estava no placar, mas no que o resultado representou: naquele 3a2 para o Santa Cruz, o Botafogo era eliminado da Copa do Brasil por uma equipe que disputa a Série D brasileira. Quase que automaticamente, a torcida ficou novamente temerosa e passou a desconfiar de que um novo vice-campeonato no Rio de Janeiro pudesse estar a caminho do clube da Estrela Solitária. Estrela Solitária que foi desfalcada no plano terreno mas que ganhou um reforço de peso no plano celestial (lugar das estrelas): o falecimento de Armando Nogueira, um dos maiores cronistas do futebol brasileiro, causou comoção no cenário esportivo. E foi de lá de cima que Armando assistiu o título da Taça Rio: naquela vitória por 2a1 sobre o Flamengo, num Maracanã de maioria botafoguense, o Alvinegro conquistava o título estadual mais uma vez, acabando com a sina de cair no momento decisivo diante daquele mesmo adversário. Além do desabafo de "é campeão!", o grito que caracterizou aquela conquista foi o provocativo "cadê o Império do Amor?".

Aquele momento histórico, que contou com cavadinha de Abreu em cobrança de pênalti (marcando 2a1 para o Botafogo) e intervenção heróica do goleiro Jéfferson (evitando o empate ao defender cobrança de pênalti de Adriano), fez a torcida relevar a eliminação na Copa do Brasil e focar no Campeonato Brasileiro, que teve início com um empate por 3a3 com o badalado campeão paulista, o Santos Futebol Clube, que também faturaria a Copa do Brasil. Entre tropeços (leia-se número elevado de partidas empatadas), grandes resultados (como as vitórias sobre o São Paulo, no Morumbi, e Santos, no Pacaembu) e grandes atuações (cito aqui mais fortemente a vitória por 3a0 sobre o Atlético Mineiro, no Engenhão), o Botafogo foi caminhando na parte de cima da tabela, com chances de título até as últimas rodadas. Mas o início da queda de rendimento da equipe coincidiu com as contusões de Maicosuel (maior reforço da equipe na temporada, numa negociação cara no que tange ao futebol brasileiro) e Marcelo Mattos (jogador que não foi derrotado uma única vez com a camisa do Botafogo). Após dois empates consecutivos (com Ceará e Avaí, ambos fora de casa), a equipe passou a objetivar a conquista de uma vaga na Libertadores, que somente seria possível a partir da 4ª colocação na tabela de classificação (posição que o time freqüentou por diversas rodadas).

Veio, então, a terceira - e última - derrota no estádio Engenhão. Era a primeira derrota da equipe dentro de casa no Campeonato Brasileiro. Placares adversos acontecem no futebol, mas com o Botafogo parece haver sempre de ocorrer algo de diferente, que torne o acontecimento pouco casual: naquele 2a1 para o Internacional, a equipe colorada levou um time recheado de reservas, pois já estava com a cabeça voltada para a ocorrência do Mundial de Clubes. A bem da verdade, aquele resultado nem foi muito comemorado pela torcida alvirrubra, pois beneficiou diretamente o Grêmio, concorrente do Botafogo na disputa por vaga na Libertadores 2011. E, conforme visto no segundo parágrafo, fracassamos no confronto direto diante desse mesmo Grêmio.

O ano de 2010 vai terminando e hoje o Botafogo tem uma base mais forte que a herdada no início da temporada. Nomes como Jéfferson, Marcelo Mattos, Maicosuel, Herrera e Abreu são tidos como unanimidades, algo que em 2009 só era visto em torno de Jóbson (nome que está no mesmo campo semântico de "polêmica" e que não faz parte dos planos do clube para 2011). Outro fato relevante é o de a diretoria estar conseguindo honrar os compormissos financeiros em dia e declarando publicamente a intenção de manter essa política.

Botafoguenses do céu e da terra, um feliz 2011! Confiemos sempre, os deuses do futebol podem estar armando algo de muito bacana para todos nós.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Quando a saída é um reforço: até mais, Lúcio Flávio

Após 239 partidas realizadas e 64 gols marcados, o meia Lúcio Flávio despede-se do Botafogo nesse ano de 2010. O contrato do jogador, com vencimento em 31 de dezembro desse ano, não foi renovado e o atleta já acertou transferência para o futebol mexicano, onde atuará pelo Atlas.

Dividindo opiniões, Lúcio Flávio colecionou episódios onde era vaiado e aplaudido pelo público presente nos jogos do Alvinegro. A seu favor, a boa técnica e precisão nos lances de bola parada. Contra, a lentidão que muitas vezes se convertia em omissão.


Campeão estadual em 2006 e em 2010, Lúcio só não ficou cinco temporadas consecutivas no Glorioso pois teve rápida passagem pelo Santos em 2009, onde rapidamente caiu em desuso sob alegação de "insuficiência técnica". Com boa visão de jogo, creio que o jogador já deva preparar o terreno para quando pendurar as chuteiras, talvez até na função de treinador, quem sabe. Como meio-campista, sua carreira provavelmente está se encaminhando para o final. O "até mais" no título da postagem é pensando nisso, porque no que tange a área interna das quatro linhas, adeus, Lúcio Flávio.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Afinal, quem precisava da vitória?

Joel Santana conseguiu se superar na última rodada pela Série A 2010. Não satisfeito em escalar times com um único jogador para a criação de jogadas, dessa vez o treinador alvinegro optou por abrir mão de um atleta com essas caracterísitcas: eram três defensores somados a três volantes e dois alas. Dessa forma, como fazer a bola chegar em dignas condições para a dupla de atacantes? Acabou que o jogador que mais participou do jogo foi o goleiro Jéfferson, que mesmo sofrendo três gols acabou evitando uma goleada ainda maior.

Nesse período inter-temporadas, cabe refletir. Em 2009, tínhamos um elenco fraco mas que suou a camisa para conseguir alcançar o objetivo de permanecer na Série A. Em 2010, um elenco visivelmente mais encorpado (porém bastante desfalcado devido a diversas lesões) teve chances de ser campeão até as últimas rodadas e entrou no jogo derradeiro podendo entrar na zona da Libertadores. Não conseguiu. Se tivesse todas as peças à disposição, as chances seriam maiores para Joel conduzir esse time a uma colocação melhor. Mas nosso comandante precisa pensar sobre o que representa o fato de insistir com uma mentalidade defensivista. É bem verdade que tal filosofia de jogo funcionou no primeiro semestre e foi coroada com o título estadual. Mas, no Brasileirão, os melhores momentos do Botafogo aconteceram quando a equipe jogava sem medo de ser feliz, como na goleada por 3a0 sobre o Atlético Mineiro, por exemplo.

Temos uma base a ser mantida para o próximo ano, que creio necessariamente incluir Jéfferson, Alessandro, Antônio Carlos, Fábio Ferreira, Marcelo Cordeiro, Leandro Guerreiro, Marcelo Mattos, Maicosuel, Caio, Herrera e "Loco" Abreu. Alguns desses estão no clube por empréstimo, o que pode dificultar a permanência em General Severiano. Há também o (caso) Jóbson, que precisa ser avaliado com particular cautela.

A torcida quer novas conquistas para 2011 e, para atender essa demanda, será necessário que atuemos como quem efetivamente precisa da vitória. Essa atuação passa pela diretoria, pela comissão técnica, pelo elenco e pelas arquibancadas. Afinal, estamos juntos de um clube que não pode perder, perder para ninguém.

Saudações alvinegras.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Agradeçamos ao Vozão e vamos pra cima do Grêmio!

Fizemos a nossa parte no estádio Olímpico João Havelange e vencemos o Grêmio Prudente. Tão bom quanto o resultado de 3a1 foi o empate entre Ceará e Atlético Paranaense no estádio Castelão. Dessa forma, voltamos a depender apenas de nós mesmos para assegurar o 4º lugar na Série A 2010.

Para vencer o Grêmio no estádio Olímpico, precisaremos reencontrar o nosso melhor futebol, com o qual perdemos contato nas últimas partidas. Botafoguenses do Rio Grande do Sul e de todos os cantos desse país, estejamos em sintonia nesse domingo. Se possível, marcando presença no estádio porto alegrense. Estamos muito próximos de retornarmos a uma competição que deveríamos disputar com maior freqüência.

Vamos, Fogão! O sonho da Libertadores vive!